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A GARÇONETE
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A GARÇONETE
A garçonete
— Você ainda não entendeu que eu não aceito o seu namoro com aquele vagabundo?
— Mais respeito comigo, Laura. Quando você souber o que é o amor, vai acabar entendendo o que estou passando.
— Quem a senhora acha que é para me dar lição sobre amor, mamãe? Desde que o meu pai morreu você só fala em arranjar alguém para substituí-lo. Você não se dá respeito.
Irritada com tantas ofensas e um comportamento infantil de sua filha, Virgínia quase perdeu a paciência e por um instante pensou em marcar o rosto de Laura com as suas mãos. No entanto, controlou-se, respirou fundo e tentou amenizar a situação apenas com o diálogo.
— Cansei de discutir com você. Vai já pro seu quarto e só saia de lá após segunda ordem.
Mostrando atrevimento como resposta àquelas ordens, Laura apenas deu de ombros, deixou um riso irônico no ar e saiu rapidamente das vistas da mãe. Subiu as escadas correndo e bateu a porta do quarto com força.
Na hora do jantar, Virgínia foi até lá chamá-la e se espantou ao ver um bilhete largado na cama, o armário vazio e a janela aberta. Sua única filha havia fugido de casa e o desespero tomou conta do seu coração de mãe. A cidade era grande e movimentada demais. Naquela hora ela já podia estar muito longe, com frio, desabrigada.
Laura era uma jovem bonita e valorizava muito bem essa qualidade. Vestia-se de modo elegante, usava perfumes caros e por isso nunca lhe faltaram pretendentes. Trocou as mordomias de uma bela casa pelas ruas. Estava agora sem rumo, sujeita à violência e perversidade dos homens. Foi então que encontrou a oportunidade de mudar de vida.
Ao olhar para a direita podia ver o asfalto, os carros passando, motoristas baixando o vidro para soltar uma cantada. Do jeito que estava, bastaria um simples aceno para entrar em um carro e cair no mundo da prostituição. Porém, Laura olhou à sua esquerda e viu uma placa que dizia: “VAGA PARA GARÇONETE!”
Apesar de sempre ter conseguido tudo na vida sem grandes esforços, nunca deixou sua mãe desamparada nas tarefas domésticas. Sabia se virar direitinho na cozinha. Resolveu entrar no restaurante para tentar a sorte. O desafio maior foi convencer o dono do estabelecimento a contratá-la, mas acabou ganhando o emprego.
Enquanto isso, Virgínia sofria com a ausência da filha. Um trabalho de busca era inútil, devido à burocracia das 24h do desaparecimento. A noite parecia longa. O sono não chegava. Amanhecera o domingo de sol e nenhuma notícia da garota.
À tarde, o restaurante que Laura começava a trabalhar há pouco, se encontrava lotado. Uma família com quatro pessoas despertou a atenção da recém-contratada. “Não pode ser verdade!”, pensava ela. Sim, infelizmente seus olhos não estavam enganados. Aquele era o namorado da sua mãe, acompanhado por uma mulher e duas crianças. A jovem decidiu ir lá atendê-los a fim de constranger o cafajeste.
— Boa tarde! O que desejam? –perguntou de maneira simpática.
— Boa tarde! –respondeu a mulher.
Já o homem, ficou calado por alguns segundos, tentando disfarçar a situação incômoda:
— Boa tarde! –disse ele com um sorriso forçado, escondendo a mão que continha a aliança.
Depois de olharem o cardápio e anotarem o pedido, a garçonete fez uma propaganda sobre a comida do restaurante:
— Aqui nós preparamos o melhor almoço da cidade. Tenho certeza que vocês sairão muito satisfeitos.
O almoço foi servido e Laura voltou para trás do balcão. Em seguida, certo tumulto causou desconforto no ambiente. Concentrada no seu trabalho fez-se de desentendida. A jovem garçonete só tomou uma atitude quando uma grande quantidade de pessoas formou um círculo em volta de uma mesa onde um homem passava mal e agonizava no chão.
Sua esposa, apavorada, gritava para chamarem um médico. As pessoas ao redor ficavam cada vez mais nervosas e sem ação. Aquilo era resultado do veneno que Laura pusera no suco para se vingar do canalha que enganava a sua mãe. O dono do restaurante ordenou que ela ligasse para o hospital urgentemente.
A garçonete, satisfeita com o crime sórdido que acabara de cometer, ao invés de ligar para a emergência, ligou para sua casa:
— Mamãe, aqui quem fala é a Laura.
— Minha filha, eu estou muito preocupada. Onde você está? Onde? Eu vou te buscar.
— Não precisa mãe. Eu vou voltar pra casa hoje mesmo. Peço desculpas por ter fugido assim, mas eu precisava refletir um pouco. Tenho uma novidade e acho que a senhora vai adorar...
— Qual novidade?
— Resolvi aceitar o seu relacionamento... Espero que vocês sejam muito felizes!
Ygo Maia
Espero que tenha gostado. Visitem o meu blog. O link é:
http://ymaia.blogspot.com
— Você ainda não entendeu que eu não aceito o seu namoro com aquele vagabundo?
— Mais respeito comigo, Laura. Quando você souber o que é o amor, vai acabar entendendo o que estou passando.
— Quem a senhora acha que é para me dar lição sobre amor, mamãe? Desde que o meu pai morreu você só fala em arranjar alguém para substituí-lo. Você não se dá respeito.
Irritada com tantas ofensas e um comportamento infantil de sua filha, Virgínia quase perdeu a paciência e por um instante pensou em marcar o rosto de Laura com as suas mãos. No entanto, controlou-se, respirou fundo e tentou amenizar a situação apenas com o diálogo.
— Cansei de discutir com você. Vai já pro seu quarto e só saia de lá após segunda ordem.
Mostrando atrevimento como resposta àquelas ordens, Laura apenas deu de ombros, deixou um riso irônico no ar e saiu rapidamente das vistas da mãe. Subiu as escadas correndo e bateu a porta do quarto com força.
Na hora do jantar, Virgínia foi até lá chamá-la e se espantou ao ver um bilhete largado na cama, o armário vazio e a janela aberta. Sua única filha havia fugido de casa e o desespero tomou conta do seu coração de mãe. A cidade era grande e movimentada demais. Naquela hora ela já podia estar muito longe, com frio, desabrigada.
Laura era uma jovem bonita e valorizava muito bem essa qualidade. Vestia-se de modo elegante, usava perfumes caros e por isso nunca lhe faltaram pretendentes. Trocou as mordomias de uma bela casa pelas ruas. Estava agora sem rumo, sujeita à violência e perversidade dos homens. Foi então que encontrou a oportunidade de mudar de vida.
Ao olhar para a direita podia ver o asfalto, os carros passando, motoristas baixando o vidro para soltar uma cantada. Do jeito que estava, bastaria um simples aceno para entrar em um carro e cair no mundo da prostituição. Porém, Laura olhou à sua esquerda e viu uma placa que dizia: “VAGA PARA GARÇONETE!”
Apesar de sempre ter conseguido tudo na vida sem grandes esforços, nunca deixou sua mãe desamparada nas tarefas domésticas. Sabia se virar direitinho na cozinha. Resolveu entrar no restaurante para tentar a sorte. O desafio maior foi convencer o dono do estabelecimento a contratá-la, mas acabou ganhando o emprego.
Enquanto isso, Virgínia sofria com a ausência da filha. Um trabalho de busca era inútil, devido à burocracia das 24h do desaparecimento. A noite parecia longa. O sono não chegava. Amanhecera o domingo de sol e nenhuma notícia da garota.
À tarde, o restaurante que Laura começava a trabalhar há pouco, se encontrava lotado. Uma família com quatro pessoas despertou a atenção da recém-contratada. “Não pode ser verdade!”, pensava ela. Sim, infelizmente seus olhos não estavam enganados. Aquele era o namorado da sua mãe, acompanhado por uma mulher e duas crianças. A jovem decidiu ir lá atendê-los a fim de constranger o cafajeste.
— Boa tarde! O que desejam? –perguntou de maneira simpática.
— Boa tarde! –respondeu a mulher.
Já o homem, ficou calado por alguns segundos, tentando disfarçar a situação incômoda:
— Boa tarde! –disse ele com um sorriso forçado, escondendo a mão que continha a aliança.
Depois de olharem o cardápio e anotarem o pedido, a garçonete fez uma propaganda sobre a comida do restaurante:
— Aqui nós preparamos o melhor almoço da cidade. Tenho certeza que vocês sairão muito satisfeitos.
O almoço foi servido e Laura voltou para trás do balcão. Em seguida, certo tumulto causou desconforto no ambiente. Concentrada no seu trabalho fez-se de desentendida. A jovem garçonete só tomou uma atitude quando uma grande quantidade de pessoas formou um círculo em volta de uma mesa onde um homem passava mal e agonizava no chão.
Sua esposa, apavorada, gritava para chamarem um médico. As pessoas ao redor ficavam cada vez mais nervosas e sem ação. Aquilo era resultado do veneno que Laura pusera no suco para se vingar do canalha que enganava a sua mãe. O dono do restaurante ordenou que ela ligasse para o hospital urgentemente.
A garçonete, satisfeita com o crime sórdido que acabara de cometer, ao invés de ligar para a emergência, ligou para sua casa:
— Mamãe, aqui quem fala é a Laura.
— Minha filha, eu estou muito preocupada. Onde você está? Onde? Eu vou te buscar.
— Não precisa mãe. Eu vou voltar pra casa hoje mesmo. Peço desculpas por ter fugido assim, mas eu precisava refletir um pouco. Tenho uma novidade e acho que a senhora vai adorar...
— Qual novidade?
— Resolvi aceitar o seu relacionamento... Espero que vocês sejam muito felizes!
Ygo Maia
Espero que tenha gostado. Visitem o meu blog. O link é:
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