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A MORENINHA
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A MORENINHA
A moreninha
Joaquim Manuel de Macedo
Trata como filha, a sua história
Um romance de amor verdadeiro
Que ficará para sempre na memória
Quatro jovens estudantes
Um futuro inteiro pela frente
Resolvem brincar com o destino
Aceitando uma aposta imprudente
Filipe, neto de Dona Ana
Convida seus amigos para a ilha
E lhes apresenta entusiasmado
As belas moças de sua família
Um jardim com flores perfumadas
São suas primas, Joana e Joaquina
Existe ainda uma terceira,
Sua travessa irmã, Carolina
Quinze dias seria o bastante
Para definir quem seria o autor
O infeliz narrador do romance
Que confessaria o crime do amor
O caráter de Augusto torna-se público
Durante um jantar tumultuado
Já que conquista várias mulheres,
Mas nunca está apaixonado
Filipe se explica à Dona Ana,
Devido ao incômodo jantar
Surge assim a oportunidade
De a seguinte história contar:
Certo dia encontrou uma menina,
Teve a audácia de fazer um juramento,
Teriam que guardar os seus breves
Para poderem concretizar o casamento
Um breve de cor verde e outro branco
Guardando objetos de valor
Uma esmeralda e um camafeu
Simbolizando a história de amor
No baile, Augusto conquistou corações
Deixando as moças intrigadas,
Bolaram um plano de vingança
E acabaram saindo tosquiadas
Augusto via Carolina
Como uma menina qualquer,
Mas com o passar das horas
Já a via como uma grande mulher
Carolina cuidava da Dona Paula,
A sua dedicada ama
Enquanto Augusto absorvia as fofocas
Que ouviu embaixo da cama
O sentimento aumentava a cada instante,
E as incertezas de ser correspondido,
O sofrimento acabaria com a declaração
Se ela não o tivesse interrompido
Augusto voltou para casa,
Um rastro de saudade deixou
Deitado em sua cama, pensava
Na moreninha que outro dia visitou
Seu pai o levou para a ilha,
Pois sofria com a sua postura,
Reencontrou a amada Carolina
E se dedicou às aulas de costura
Bordou o nome de sua mestra
Como prova de sua paixão
E ela, com ciúmes de outra mulher
Envenenou-o com sua ingratidão
Augusto a pediu em casamento,
Carolina recusou o pedido,
Mandou-o procurar a mulher
A quem ele já estava prometido
Carolina era a mulher
Que Augusto no passado conheceu
Por isso intitulou de “A Moreninha”
O romance que ele mesmo escreveu
O amor é um sentimento confuso
O seu destino é capaz de mudar
É fogo que arde na alma
E ninguém consegue explicar
Ygo Maia
ISSO E MUITO MAIS VOCÊ ENCONTRA NO BLOG "MERGULHANDO NA LEITURA"
BASTA CLICAR NO LINK:
http://ymaia.blogspot.com
Joaquim Manuel de Macedo
Trata como filha, a sua história
Um romance de amor verdadeiro
Que ficará para sempre na memória
Quatro jovens estudantes
Um futuro inteiro pela frente
Resolvem brincar com o destino
Aceitando uma aposta imprudente
Filipe, neto de Dona Ana
Convida seus amigos para a ilha
E lhes apresenta entusiasmado
As belas moças de sua família
Um jardim com flores perfumadas
São suas primas, Joana e Joaquina
Existe ainda uma terceira,
Sua travessa irmã, Carolina
Quinze dias seria o bastante
Para definir quem seria o autor
O infeliz narrador do romance
Que confessaria o crime do amor
O caráter de Augusto torna-se público
Durante um jantar tumultuado
Já que conquista várias mulheres,
Mas nunca está apaixonado
Filipe se explica à Dona Ana,
Devido ao incômodo jantar
Surge assim a oportunidade
De a seguinte história contar:
Certo dia encontrou uma menina,
Teve a audácia de fazer um juramento,
Teriam que guardar os seus breves
Para poderem concretizar o casamento
Um breve de cor verde e outro branco
Guardando objetos de valor
Uma esmeralda e um camafeu
Simbolizando a história de amor
No baile, Augusto conquistou corações
Deixando as moças intrigadas,
Bolaram um plano de vingança
E acabaram saindo tosquiadas
Augusto via Carolina
Como uma menina qualquer,
Mas com o passar das horas
Já a via como uma grande mulher
Carolina cuidava da Dona Paula,
A sua dedicada ama
Enquanto Augusto absorvia as fofocas
Que ouviu embaixo da cama
O sentimento aumentava a cada instante,
E as incertezas de ser correspondido,
O sofrimento acabaria com a declaração
Se ela não o tivesse interrompido
Augusto voltou para casa,
Um rastro de saudade deixou
Deitado em sua cama, pensava
Na moreninha que outro dia visitou
Seu pai o levou para a ilha,
Pois sofria com a sua postura,
Reencontrou a amada Carolina
E se dedicou às aulas de costura
Bordou o nome de sua mestra
Como prova de sua paixão
E ela, com ciúmes de outra mulher
Envenenou-o com sua ingratidão
Augusto a pediu em casamento,
Carolina recusou o pedido,
Mandou-o procurar a mulher
A quem ele já estava prometido
Carolina era a mulher
Que Augusto no passado conheceu
Por isso intitulou de “A Moreninha”
O romance que ele mesmo escreveu
O amor é um sentimento confuso
O seu destino é capaz de mudar
É fogo que arde na alma
E ninguém consegue explicar
Ygo Maia
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