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Vestibular e a extinção do ensino médio
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Vestibular e a extinção do ensino médio
Vestibular: “Nunca vou passar!” disse o pessimista. “Não precisa estudar” disse o aspirante a Letras com Francês. “Tem que parar de beber e de namorar!” Vestibulando de medicina. “Minha mãe me inscreveu em administração” disse o adolescente sem rumo.
Dos 16 aos 18 anos, vestibular é uma palavra que soa mais tenso do que casamento para os homens que namoram há mais de 2 anos, sobretudo para os jovens de classe média, que são cobrados pelos resultados na provinha mais escrota de suas vidas. “Claro, eu investi nesse moleque a vida toda!” (Mãe). Perder significa para muitos uma big frustração, e cada vez que aquela tia gorda pergunta “Passou?”, é como enfiar o dedo com areia em sua ferida.
Muito se discute a respeito dos métodos de avaliação adotados nos vestibulares, realmente estão longe de serem os melhores, mas as circunstâncias não oferecem muitas alternativas. Alguns mesclam questões objetivas com subjetivas, o que é um avanço, mas ainda assim sempre será distorcida a avaliação do conhecimento. As questões são elaboradas muito mais para eliminar candidatos do que para avaliar, cheio de pegadinhas e alternativas bastante parecidas para confundir o candidato. Na redação, o candidato pisa muito mais os ovos do que escreve, com medo de dizer algo que o avaliador não irá gostar. No entanto, criticar esses métodos é um tanto complicado, porque para isso precisa-se propor um melhor dentro das viabilidades concretas e restrições orçamentárias. O que critico no vestibular não é a prova em si, mas a sombra que ela provoca no ensino médio, ou tem provocado.
O 3º ano nos colégios particulares foi extinto há muito tempo, o que existe hoje são cursinhos pré-vestibulares com caderneta e avaliação. Essas instituições fazem de tudo para atrair clientes, e o melhor método é a propaganda em aprovações nos vestibulares. Não questiono esses colégios, são instituições privadas que vivem de lucros e precisam concorrer com as demais, mas o governo precisa (ou precisaria) dar um basta nisso. A 1ª medida é proibir a adoção de módulos nos colégios, e voltar com os livros didáticos. Os módulos são extremamente compactados e não ensinam o assunto, ensinam a passar no vestibular, o que não cai não interessa. A segunda questão é proibir os professores de fazerem das provas do 3º ano mini vestibulares, quase um simulado com nota. As questões abertas são importantes na formação do aluno, não podem ser descartadas. Sem contar que o professor precisa elaborar questões também, para “impor” seu método de avaliação, e não ficar fazendo Ctrl C Ctrl V em questões de vestibular.
É preciso parar com essa mania que temos aqui no Brasil de adaptar a fase anterior à fase posterior, quando na verdade deveria ser o contrário. No curso de economia a tendência está sendo a mesma, estão adaptando a graduação à prova de seleção da pós, isso é bizarro. Ensino médio é ensino médio, pré-vestibular é pré-vestibular, quem quiser passar entre em um cursinho ou estude em casa, o que não se pode é comprometer o aprendizado em prol de uma prova escrota que só serve para definir quem entra e quem fica para a próxima.
Extraído de: http://phoris.blogspot.com/
Dos 16 aos 18 anos, vestibular é uma palavra que soa mais tenso do que casamento para os homens que namoram há mais de 2 anos, sobretudo para os jovens de classe média, que são cobrados pelos resultados na provinha mais escrota de suas vidas. “Claro, eu investi nesse moleque a vida toda!” (Mãe). Perder significa para muitos uma big frustração, e cada vez que aquela tia gorda pergunta “Passou?”, é como enfiar o dedo com areia em sua ferida.
Muito se discute a respeito dos métodos de avaliação adotados nos vestibulares, realmente estão longe de serem os melhores, mas as circunstâncias não oferecem muitas alternativas. Alguns mesclam questões objetivas com subjetivas, o que é um avanço, mas ainda assim sempre será distorcida a avaliação do conhecimento. As questões são elaboradas muito mais para eliminar candidatos do que para avaliar, cheio de pegadinhas e alternativas bastante parecidas para confundir o candidato. Na redação, o candidato pisa muito mais os ovos do que escreve, com medo de dizer algo que o avaliador não irá gostar. No entanto, criticar esses métodos é um tanto complicado, porque para isso precisa-se propor um melhor dentro das viabilidades concretas e restrições orçamentárias. O que critico no vestibular não é a prova em si, mas a sombra que ela provoca no ensino médio, ou tem provocado.
O 3º ano nos colégios particulares foi extinto há muito tempo, o que existe hoje são cursinhos pré-vestibulares com caderneta e avaliação. Essas instituições fazem de tudo para atrair clientes, e o melhor método é a propaganda em aprovações nos vestibulares. Não questiono esses colégios, são instituições privadas que vivem de lucros e precisam concorrer com as demais, mas o governo precisa (ou precisaria) dar um basta nisso. A 1ª medida é proibir a adoção de módulos nos colégios, e voltar com os livros didáticos. Os módulos são extremamente compactados e não ensinam o assunto, ensinam a passar no vestibular, o que não cai não interessa. A segunda questão é proibir os professores de fazerem das provas do 3º ano mini vestibulares, quase um simulado com nota. As questões abertas são importantes na formação do aluno, não podem ser descartadas. Sem contar que o professor precisa elaborar questões também, para “impor” seu método de avaliação, e não ficar fazendo Ctrl C Ctrl V em questões de vestibular.
É preciso parar com essa mania que temos aqui no Brasil de adaptar a fase anterior à fase posterior, quando na verdade deveria ser o contrário. No curso de economia a tendência está sendo a mesma, estão adaptando a graduação à prova de seleção da pós, isso é bizarro. Ensino médio é ensino médio, pré-vestibular é pré-vestibular, quem quiser passar entre em um cursinho ou estude em casa, o que não se pode é comprometer o aprendizado em prol de uma prova escrota que só serve para definir quem entra e quem fica para a próxima.
Extraído de: http://phoris.blogspot.com/
Rafael de Almeida Silva- Novato
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