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Terminei meu livro, mas preciso de opiniões antes de mandá-lo para publicação.
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Terminei meu livro, mas preciso de opiniões antes de mandá-lo para publicação.
Após vários meses de edição terminei "Infausto" - o livro que vinha dedicando tempo, paralelamente aos estudos, nos últimos dois/três anos. Excluí muita coisa porque apesar desse material ausente ajudar a explicar muitos elementos, achei que lacunas inspiradas nas elipses usadas em filmes de diretores como Terrence Malick, combinariam mais com o estilo que pretendia. No entanto, temo que isso possa ter deixado a obra mais confusa e por isso preciso da opinião sincera de quem estiver disposto a lê-la, dar sua opinião sincera, sem brincadeiras ou trollagens.
Quem tiver interesse pela obra e puder me ajudar, mande MP.
=====================
Descrição/Sinopse da obra:
Infausto trata-se de uma espécie de Memória fictícia. Nela, a personagem principal recebe a mesma proposta do diabo da lenda de Fausto, mas diferentemente da versão de Goethe ela se recusa a cada investida do diabo, não por princípios religiosos ou morais, mas sim porque sua própria filosofia de vida determina que ele não tenha maiores aspirações ou vaidades.
Durante esse processo ele passa a gostar da visita do diabo e acaba criando uma relação amistosa baseada num jogo retórico em que o diabo tenta convencê-lo que sua servidão traria benefícios para seu estilo de vida - estilo esse que a sociedade considera como ruim. Todavia, ele sempre acaba de alguma maneira encontrando algum elemento em seu estilo de vida para não aceitar aquela proposta de pacto com o diabo.
Cada capítulo funciona de uma maneira multifacetada porque eles são construídos de maneira que se pode chegar a múltiplas interpretações. O exemplo máximo disso está no título do livro, Infausto, que significa infeliz em nosso idioma, ao mesmo tempo em que o in no latim transmite tanto uma idéia da negação de algo como também de um movimento para dentro. Quer dizer, Infausto, pode ser interpretado como um sujeito infeliz - a visão social - como também, alguém que simplesmente não quis ser Fausto por toda uma conduta baseada em seu estilo de vida. Mais ainda, alguém que apesar de negar essas características acaba tendo um Fausto dentro de si.
Quem tiver interesse pela obra e puder me ajudar, mande MP.
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Descrição/Sinopse da obra:
Infausto trata-se de uma espécie de Memória fictícia. Nela, a personagem principal recebe a mesma proposta do diabo da lenda de Fausto, mas diferentemente da versão de Goethe ela se recusa a cada investida do diabo, não por princípios religiosos ou morais, mas sim porque sua própria filosofia de vida determina que ele não tenha maiores aspirações ou vaidades.
Durante esse processo ele passa a gostar da visita do diabo e acaba criando uma relação amistosa baseada num jogo retórico em que o diabo tenta convencê-lo que sua servidão traria benefícios para seu estilo de vida - estilo esse que a sociedade considera como ruim. Todavia, ele sempre acaba de alguma maneira encontrando algum elemento em seu estilo de vida para não aceitar aquela proposta de pacto com o diabo.
Cada capítulo funciona de uma maneira multifacetada porque eles são construídos de maneira que se pode chegar a múltiplas interpretações. O exemplo máximo disso está no título do livro, Infausto, que significa infeliz em nosso idioma, ao mesmo tempo em que o in no latim transmite tanto uma idéia da negação de algo como também de um movimento para dentro. Quer dizer, Infausto, pode ser interpretado como um sujeito infeliz - a visão social - como também, alguém que simplesmente não quis ser Fausto por toda uma conduta baseada em seu estilo de vida. Mais ainda, alguém que apesar de negar essas características acaba tendo um Fausto dentro de si.
Liev Pyta- Iniciante
-
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Data de inscrição : 11/07/2012
Re: Terminei meu livro, mas preciso de opiniões antes de mandá-lo para publicação.
Pelo que entendi, o diabo está numa batalha perdida. Isso não tira toda a emoção da peleja? Ou isso (a derrota) só fica claro no capítulo final?
Bogoton- Amador
-
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Re: Terminei meu livro, mas preciso de opiniões antes de mandá-lo para publicação.
Desde o princípio torna-se claro que o diabo não conseguirá convencê-lo a realizar o pacto. No entanto, há outras motivações para instigar o leitor a continuar, sendo que, na minha opinião, aquela que tem peso maior é ver até que ponto ele consegue resistir a essas investidas, como ele vai defendendo essa posição (uma relação dialética entre duas personagens pretensiosas) e como é a vida desse sujeito que, aparentemente,não teria motivos para negar um pacto que lhe trouxesse vantagens.Bogoton escreveu:Pelo que entendi, o diabo está numa batalha perdida. Isso não tira toda a emoção da peleja? Ou isso (a derrota) só fica claro no capítulo final?
Caso tenha interesse, posso postar o prólogo aqui mesmo, para ter uma idéia melhor de como a narrativa é construída.
Liev Pyta- Iniciante
-
Número de Mensagens : 8
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Data de inscrição : 11/07/2012
Re: Terminei meu livro, mas preciso de opiniões antes de mandá-lo para publicação.
Seria ótimo, Liev.
Bogoton- Amador
-
Número de Mensagens : 129
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Q.I. : 198
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Data de inscrição : 24/02/2010
Re: Terminei meu livro, mas preciso de opiniões antes de mandá-lo para publicação.
Prólogo
Talvez voar realmente não fizesse parte da natureza dos homens. Antes de imitar os pássaros era preciso entender toda a dinâmica por trás da ação do vôo e não simplesmente repetir seus movimentos. Mas como seria um homem capaz de aprender a voar contrariando sua natureza? Um estudo detalhado naquele exemplo mais próximo de seu contacto nos ajudaria a entender melhor as nuances do vôo, mas estudar os pássaros contraria a natureza do vôo, como um movimento espontâneo e natural.
Esse equívoco provocou uma inversão de valores. Desde que os pássaros passaram a ser objetos de interesse da pesquisa de vôo, o homem - a partir do momento que aprendeu a contrariar as leis de Deus, ou, se preferir, a controlar as leis da física – começou a adotar sua filosofia de vôo, afastando-se cada vez mais daquele que por semelhança deveria ser lembrado.
Minhas memórias são escritas nesse sentido. Num caminho que o homem deveria ter seguido, mas que por sua capacidade ignóbil de interpretar incorretamente os sinais, se afasta cada vez mais. Um morcego não sente culpa ao seguir seus instintos mais particulares, transmitindo raiva às suas vítimas. Ele não tem consciência desse estado de contaminação, age sem se questionar. Seu grupo não cria regras para impedir ou direcionar sua atuação. Não se importa com questões estéticas como dormir de cabeça pra baixo, ou, com o movimento desordenado das batidas de suas asas.
Não se reprime em exalar o intragável cheiro de amônia em suas necessidades, expulsando os visitantes indesejados de sua moradia. Uma pomba, por sua vez, com sua aparência tão mais aceita; sua simbologia tão mais celestial; não só tornara-se símbolo da paz, como também um vetor de doenças, demonstrando a ignorância por trás de sua valorização.
Agindo da mesma maneira que esses companheiros das trevas, eu não estou escrevendo esses acontecimentos por querer compartilhar com um grupo as minhas experiências, mas sim, por, através dessa prática reencontrar de maneira efetiva o amigo que tanto estimo. Reencontrá-lo em momentos marcantes, que, se a memória não ajudar a pincelar todos os detalhes, a imaginação se encarregará de cobrir as lacunas, reescrevendo acontecimentos, modificando-os ao meu gosto. O poder criador das palavras será expresso em minhas linhas!
Eis as razões que tornam a tarefa daqueles que lerem meus relatos, inútil. Se bem que, se, tudo der certo, meus relatos não chegarão às mãos de ninguém, suas cinzas serão jogadas ao vento, quando estiver cansado dessas anotações.
Isto servirá apenas como um guia para se ocorrer, em algum momento, um lapso de memória, ou, um desvio de conduta, que eu siga em minha tarefa de presenciar àquelas visitas que tanto me proporcionaram prazeres. Compartilhar essas situações com outros homens, contrariaria suas filosofias de vôos, seus ídolos, seus exemplos.
Meu amigo tinha asas inervadas e felpudas. Particularmente gosto delas, e, pouco me importa se o senso-comum preferiria um ser com asas emplumadas, com uma aura-celeste, um brilho radiante. A luz incomoda seres com sensibilidade à claridade, atrapalha os seres noturnos de agirem com naturalidade, tira desses, a estratégia de surpreender suas presas, tira muitos clientes dos taberneiros e prostitutas.
Que essas anotações não sirvam para nada, pois, se servirem, significa que algo de errado ocorreu durante meu processo produtivo.
Talvez voar realmente não fizesse parte da natureza dos homens. Antes de imitar os pássaros era preciso entender toda a dinâmica por trás da ação do vôo e não simplesmente repetir seus movimentos. Mas como seria um homem capaz de aprender a voar contrariando sua natureza? Um estudo detalhado naquele exemplo mais próximo de seu contacto nos ajudaria a entender melhor as nuances do vôo, mas estudar os pássaros contraria a natureza do vôo, como um movimento espontâneo e natural.
Esse equívoco provocou uma inversão de valores. Desde que os pássaros passaram a ser objetos de interesse da pesquisa de vôo, o homem - a partir do momento que aprendeu a contrariar as leis de Deus, ou, se preferir, a controlar as leis da física – começou a adotar sua filosofia de vôo, afastando-se cada vez mais daquele que por semelhança deveria ser lembrado.
Minhas memórias são escritas nesse sentido. Num caminho que o homem deveria ter seguido, mas que por sua capacidade ignóbil de interpretar incorretamente os sinais, se afasta cada vez mais. Um morcego não sente culpa ao seguir seus instintos mais particulares, transmitindo raiva às suas vítimas. Ele não tem consciência desse estado de contaminação, age sem se questionar. Seu grupo não cria regras para impedir ou direcionar sua atuação. Não se importa com questões estéticas como dormir de cabeça pra baixo, ou, com o movimento desordenado das batidas de suas asas.
Não se reprime em exalar o intragável cheiro de amônia em suas necessidades, expulsando os visitantes indesejados de sua moradia. Uma pomba, por sua vez, com sua aparência tão mais aceita; sua simbologia tão mais celestial; não só tornara-se símbolo da paz, como também um vetor de doenças, demonstrando a ignorância por trás de sua valorização.
Agindo da mesma maneira que esses companheiros das trevas, eu não estou escrevendo esses acontecimentos por querer compartilhar com um grupo as minhas experiências, mas sim, por, através dessa prática reencontrar de maneira efetiva o amigo que tanto estimo. Reencontrá-lo em momentos marcantes, que, se a memória não ajudar a pincelar todos os detalhes, a imaginação se encarregará de cobrir as lacunas, reescrevendo acontecimentos, modificando-os ao meu gosto. O poder criador das palavras será expresso em minhas linhas!
Eis as razões que tornam a tarefa daqueles que lerem meus relatos, inútil. Se bem que, se, tudo der certo, meus relatos não chegarão às mãos de ninguém, suas cinzas serão jogadas ao vento, quando estiver cansado dessas anotações.
Isto servirá apenas como um guia para se ocorrer, em algum momento, um lapso de memória, ou, um desvio de conduta, que eu siga em minha tarefa de presenciar àquelas visitas que tanto me proporcionaram prazeres. Compartilhar essas situações com outros homens, contrariaria suas filosofias de vôos, seus ídolos, seus exemplos.
Meu amigo tinha asas inervadas e felpudas. Particularmente gosto delas, e, pouco me importa se o senso-comum preferiria um ser com asas emplumadas, com uma aura-celeste, um brilho radiante. A luz incomoda seres com sensibilidade à claridade, atrapalha os seres noturnos de agirem com naturalidade, tira desses, a estratégia de surpreender suas presas, tira muitos clientes dos taberneiros e prostitutas.
Que essas anotações não sirvam para nada, pois, se servirem, significa que algo de errado ocorreu durante meu processo produtivo.
Liev Pyta- Iniciante
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Re: Terminei meu livro, mas preciso de opiniões antes de mandá-lo para publicação.
Ahhhhh...
Ele parece ter uma intimidade muito pouco saudável com o diabo.
Eu gostei do fragmento que li, Liev. No mínimo, fiquei curioso.
Desejo boa sorte com seu romance. Você planeja alguma editora em particular?
Seria interessante saber das suas facilidades ou dificuldades (que sejam mínimas) para publicar.
Pelo menos um comprador, você já tem garantido.
Um abraço.
Ele parece ter uma intimidade muito pouco saudável com o diabo.
Eu gostei do fragmento que li, Liev. No mínimo, fiquei curioso.
Desejo boa sorte com seu romance. Você planeja alguma editora em particular?
Seria interessante saber das suas facilidades ou dificuldades (que sejam mínimas) para publicar.
Pelo menos um comprador, você já tem garantido.
Um abraço.
Bogoton- Amador
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Re: Terminei meu livro, mas preciso de opiniões antes de mandá-lo para publicação.
Agradeço o interesse. Sobre publicação, andei lendo por ai que apesar das editoras aceitarem originais, a grande maioria sequer lê as obras enviadas. Mas li dessas mesmas pessoas que a Multifoco é uma das poucas editoras que parecem ter interesse em analisar as obras enviadas. Por isso mandei meu original há alguns dias pra lá e pela resposta, estão analisando se é compatível com sua linha editorial e dentro de 30 dias terei uma resposta.Bogoton escreveu:Ahhhhh...
Ele parece ter uma intimidade muito pouco saudável com o diabo.
Eu gostei do fragmento que li, Liev. No mínimo, fiquei curioso.
Desejo boa sorte com seu romance. Você planeja alguma editora em particular?
Seria interessante saber das suas facilidades ou dificuldades (que sejam mínimas) para publicar.
Pelo menos um comprador, você já tem garantido.
Um abraço.
Caso não aceitem, nem tenho idéia em como publicá-la, pois não tenho boas referências de outras editoras, não bancaria do próprio bolso para ser publicado e editoras sobre demanda como "clube de autores" tendem a repassar um valor muito alto de venda ao consumidor.
Teriam alguma recomendação sobre alguma editora ou método de publicação?
Liev Pyta- Iniciante
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Re: Terminei meu livro, mas preciso de opiniões antes de mandá-lo para publicação.
Estou por fora.
Tem o Grupo Editorial Scortecci (talvez você já conheça), mas lá você teria que entrar com o seu bolso, sim.
Pelo menos, não custa nada dar uma olhada.
Tem o Grupo Editorial Scortecci (talvez você já conheça), mas lá você teria que entrar com o seu bolso, sim.
Pelo menos, não custa nada dar uma olhada.
Bogoton- Amador
-
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Re: Terminei meu livro, mas preciso de opiniões antes de mandá-lo para publicação.
Conhecia sim, mas como eu disse, não tenho interesse em bancar a publicação do livro. Tenho outro projeto que como imagino ser mais comercial, eu até estaria disposto a bancar, mas Infausto eu acho complicado conseguir fazê-lo notável.Bogoton escreveu:Estou por fora.
Tem o Grupo Editorial Scortecci (talvez você já conheça), mas lá você teria que entrar com o seu bolso, sim.
Pelo menos, não custa nada dar uma olhada.
Liev Pyta- Iniciante
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