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[CRÍTICA]RELIGIÃO X HOMEM
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[CRÍTICA]RELIGIÃO X HOMEM
RELIGIÃO X HOMEM
A religião é um enigma não só no sentido teórico, mas também no sentido ético. Está repleta de antinomia teóricas e contradições éticas. Promete-nos uma comunhão com a natureza, com os homens, com os poderes sobrenaturais e com os próprios deuses. No entanto o seu efeito é precisamente oposto. Em sua aparência concreta ela se torna a fonte das mais profundas dissensões e lutas fanáticas entre os homens. A religião alega estar de posse de uma verdade absoluta; mas a sua história é uma história de erros e heresia. Oferece-nos a promessa e a perspectivas de um mundo transcendente – bem além dos limites de nossa experiência humana – e permanece humana, demasiado humana.
Essa é uma citação do livro "ENSAIO SOBRE O HOMEM: INTRODUÇÃO A UMA FILOSOFIA DA CULTURA HUMANA. Ao lê-la fiquei profundamente impressionado. Tal impacto é explicado porque sou "religioso". Ernest Cassirer, ao escrever a referida citação, faz uma crítica à religião. Logicamente o seu real objetivo é invalidar a religião como o fundamento para a explicação do universo e do mundo e do homem. Explicação física e/ou metafísica.
Não procurarei justificar quem está com a razão, se a religião ou se a filosofia. Pois não sou filósofo, nem cientista da religião ou muito menos teólogo. Quero sim, dizer que é impossível negarmos tal veracidade da citação, analisada, logicamente, fora do seu contexto no qual fora escrita.
Quero, contudo, dizer que: se tal citação é verídica é porque, nós os homens, defensores da religião, demos e continuamos dando razão e motivo para essa realidade. Daí então eu poderei retificar a citação dizendo que: não é a religião um "enigma" ou "a fonte das mais profundas dissensões", mas sim, o guardião da religião que é o homem. A religião em si é pura e benéfica.
O homem, entretanto, em sua infinita prepotência sempre se prevaleceu da necessidade intrínseca, ao próprio homem, de salvação e usou e continua usando a religião para conseguir êxito em suas empresas. Não me refiro aqui unicamente à religião cristã, mas sim, a todas as suas formas, denominação, crença ou ideologia.
A história da humanidade está e continuará manchada com sangue. Sangue que fora derramado por homens, que em suas ingenuidades, foram facilmente persuadidos, por outros seres da mesma espécie, no entanto argutos, a lançarem-se a batalhas infernais.
A intolerância existe em inúmeras facetas, mas a intolerância religiosa é a pior de todas. As cruzadas, reformas e contra reformas estão ai para confirmar. No "sistema nervoso do espirito", o central é o sentimento religioso. Não há nada mais sensível e pronto a aflorar ao menor "toque", do que o lado religioso ou mitológico do homem.
Os homens mais sagazes, sabendo disso, lançam mão da religiosidade para conseguir seus propósitos. Mascaram seus egoísmos e desejos que podem ser: político, econômico ou religioso; lógico que isso vai depender da posição que se ocupa na sociedade ou grupo, pois será quase que impossível a um simplório unicamente conquistar o poder político de um Estado ou nação. Porém entre os mais simples a religião, ou melhor, os argumento religiosos são usados até mesmo para se conseguir um pedaço de pão. Outros usam as doutrinas religiosas para denegrir, ofender, caluniar e intrigar uma outra pessoa.
A religião pode tornar uma pessoa jactanciosa. Tal pessoa se auto-analisa e julga-se superior e privilegiada por Deus.
No passado o poder religioso, em se prevalecendo do pavor do homem em relação ao mundo do além, conseguiu dominar até mesmo o estado. A religião não só foi usada para usurpar direito e provocar guerras, como também, para silenciar uma pessoa ou grupo que estivesse reclamando os seus direitos, os do grupo.
Por isso é que sou contra o "espírito religioso", porque ele é provedor de segregação e preconceitos. Grupos são formados em nome de uma religião e a partir daí começa-se as disputas, as disputas de santidade, os mexericos, as falsidades e as hipocrisias. Então eu pergunto: será que o nome Deus e seus reais propósitos, foram esquecidos em nome da religião? Será que o nome de Deus e seus reais propósitos, foram esquecidos em nome de uma religião que pode proporcionar mordomias e regalias?
Para concluirmos: quem é o culpado de tantas distorções - a religião ou o homem? Se o leitor concordar comigo dizendo que é o homem, então não tem desculpa para andar se esquivando de Deus e da verdadeira religião que é: só faça aquilo que você quer que lhe faça.
(MANOEL BARRETO)
A religião é um enigma não só no sentido teórico, mas também no sentido ético. Está repleta de antinomia teóricas e contradições éticas. Promete-nos uma comunhão com a natureza, com os homens, com os poderes sobrenaturais e com os próprios deuses. No entanto o seu efeito é precisamente oposto. Em sua aparência concreta ela se torna a fonte das mais profundas dissensões e lutas fanáticas entre os homens. A religião alega estar de posse de uma verdade absoluta; mas a sua história é uma história de erros e heresia. Oferece-nos a promessa e a perspectivas de um mundo transcendente – bem além dos limites de nossa experiência humana – e permanece humana, demasiado humana.
Essa é uma citação do livro "ENSAIO SOBRE O HOMEM: INTRODUÇÃO A UMA FILOSOFIA DA CULTURA HUMANA. Ao lê-la fiquei profundamente impressionado. Tal impacto é explicado porque sou "religioso". Ernest Cassirer, ao escrever a referida citação, faz uma crítica à religião. Logicamente o seu real objetivo é invalidar a religião como o fundamento para a explicação do universo e do mundo e do homem. Explicação física e/ou metafísica.
Não procurarei justificar quem está com a razão, se a religião ou se a filosofia. Pois não sou filósofo, nem cientista da religião ou muito menos teólogo. Quero sim, dizer que é impossível negarmos tal veracidade da citação, analisada, logicamente, fora do seu contexto no qual fora escrita.
Quero, contudo, dizer que: se tal citação é verídica é porque, nós os homens, defensores da religião, demos e continuamos dando razão e motivo para essa realidade. Daí então eu poderei retificar a citação dizendo que: não é a religião um "enigma" ou "a fonte das mais profundas dissensões", mas sim, o guardião da religião que é o homem. A religião em si é pura e benéfica.
O homem, entretanto, em sua infinita prepotência sempre se prevaleceu da necessidade intrínseca, ao próprio homem, de salvação e usou e continua usando a religião para conseguir êxito em suas empresas. Não me refiro aqui unicamente à religião cristã, mas sim, a todas as suas formas, denominação, crença ou ideologia.
A história da humanidade está e continuará manchada com sangue. Sangue que fora derramado por homens, que em suas ingenuidades, foram facilmente persuadidos, por outros seres da mesma espécie, no entanto argutos, a lançarem-se a batalhas infernais.
A intolerância existe em inúmeras facetas, mas a intolerância religiosa é a pior de todas. As cruzadas, reformas e contra reformas estão ai para confirmar. No "sistema nervoso do espirito", o central é o sentimento religioso. Não há nada mais sensível e pronto a aflorar ao menor "toque", do que o lado religioso ou mitológico do homem.
Os homens mais sagazes, sabendo disso, lançam mão da religiosidade para conseguir seus propósitos. Mascaram seus egoísmos e desejos que podem ser: político, econômico ou religioso; lógico que isso vai depender da posição que se ocupa na sociedade ou grupo, pois será quase que impossível a um simplório unicamente conquistar o poder político de um Estado ou nação. Porém entre os mais simples a religião, ou melhor, os argumento religiosos são usados até mesmo para se conseguir um pedaço de pão. Outros usam as doutrinas religiosas para denegrir, ofender, caluniar e intrigar uma outra pessoa.
A religião pode tornar uma pessoa jactanciosa. Tal pessoa se auto-analisa e julga-se superior e privilegiada por Deus.
No passado o poder religioso, em se prevalecendo do pavor do homem em relação ao mundo do além, conseguiu dominar até mesmo o estado. A religião não só foi usada para usurpar direito e provocar guerras, como também, para silenciar uma pessoa ou grupo que estivesse reclamando os seus direitos, os do grupo.
Por isso é que sou contra o "espírito religioso", porque ele é provedor de segregação e preconceitos. Grupos são formados em nome de uma religião e a partir daí começa-se as disputas, as disputas de santidade, os mexericos, as falsidades e as hipocrisias. Então eu pergunto: será que o nome Deus e seus reais propósitos, foram esquecidos em nome da religião? Será que o nome de Deus e seus reais propósitos, foram esquecidos em nome de uma religião que pode proporcionar mordomias e regalias?
Para concluirmos: quem é o culpado de tantas distorções - a religião ou o homem? Se o leitor concordar comigo dizendo que é o homem, então não tem desculpa para andar se esquivando de Deus e da verdadeira religião que é: só faça aquilo que você quer que lhe faça.
(MANOEL BARRETO)
Manoel de Jesus Santos Ba- Iniciante
-
Número de Mensagens : 4
Idade : 55
Q.I. : 13
Reputação : 0
Data de inscrição : 16/09/2010
Re: [CRÍTICA]RELIGIÃO X HOMEM
Concordo plenamente, penso que todos os escritos religiosos se resumem a uma regra: o respeito. Da bíblia: que vos ameis uns aos outros o resto pouco importa. Fico irado com certos que se dizendo religiosos exploram os momentos de fraquesa dos outros. Acho isso tétrico e penso que isso somente ocorre devido a falta de educação, não só a educação formal, mas a falta do desenvolvimento de senso crítico. Enquanto o ser humano não possuir o mínimo de senso crítico vai ser alvo fácil dessas pessoas que de má fé se aproveitam do estado frágil das outras. Mesmo as de boa fé, arvoram-se a julgar e criar regras impossíveis de se cumprir, além de querer ditar o que é normal e o que é decente.
Aristheu A. Lins Leal- Iniciante
-
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Idade : 50
Q.I. : 12
Reputação : 4
Data de inscrição : 26/09/2010
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