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O ego é o motor do mundo?
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O ego é o motor do mundo?
Ego, segundo a psicanálise, representa os desejos do “Eu”, as satisfações, o prazer. Tudo isso configurado na realidade do indivíduo. No cotidiano o ego é usado para designar a vaidade principalmente, como na frase “Ele me elogiou e meu ego foi lá pra cima!”
Já está mais que superada a idéia de que o desejo de enriquecimento material (acumulação) é algo natural ao ser humano, discurso bastante utilizado por pessoas que usam o senso comum de forma arbitrária. Quanto a isso, a sociedade indígena está ai para nos provar o contrário. Só que uma coisa é ambição por riqueza, outra é ambição de maneira geral.
Quando se fala em ambição, logo remetemos a idéia à riqueza. No entanto, as pessoas se esquecem que reconhecimento ou prestígio são também riquezas, mas riquezas simbólicas. O sujeito pode se esforçar muito para conquistar algo que não lhe trará maior padrão de consumo, mas com certeza lhe concederá maior prestígio. Um artista que atua em um campo musical pouco rentável, não busca nessa ação um reconhecimento financeiro, mas um reconhecimento artístico, simbólico. Vale lembrar que prestígio e dinheiro são formas diferentes de satisfazer o ego, o primeiro através do prazer proporcionado pelo reconhecimento social por seu trabalho, o segundo pelo prazer do consumo, conforto, e ostentação (que não deixa de ser prestígio também). A ostentação (reconhecimento social de sua riqueza) e o prazer proporcionado pelo consumo, são satisfações diferentes que tem separação bastante fluida.
Um matemático, mesmo na antiguidade clássica, desenvolveu suas teorias e cálculos para ajudar o mundo (que lindo!)? Creio que não, acredito que o impulso que leva alguém a se dedicar a algo, no geral seja um impulso egoísta, que visa satisfazer o ego. Você pode questionar: “Mas a pessoa pode fazer algo por amor, como existem pessoas que amam a medicina!” Uma coisa não exclui a outra, o indivíduo pode amar a medicina, mas não passaria 6 anos na faculdade se a profissão não tivesse reconhecimento nem financeiro nem social. Nesse sentido, pode-se inferir que o ego é o motor que move o mundo. A ciência, as artes, tudo foi desenvolvido por conta do ego, da satisfação de ambições.
Então ser vaidoso é normal? Sim! Ninguém faz nada de graça, sem esperar retorno. O reconhecimento social que determinada pessoa possui, ela pode não expressar, mas tenha certeza, ela tem orgasmos ao perceber isso. Por isso que uma ótima forma de desenvolver determinado setor é oferecendo riqueza ou criando hierarquia social, para estimular os indivíduos a buscar as devidas recompensas se empenhando naquilo. Na academia a titulação de pós doutor é muito mais um mecanismo de diferenciação social do que resposta a uma necessidade que visa a qualificação do profissional.
Nesse sentido, para as pessoas que alcançaram algum tipo de reconhecimento, humildade é algo que só existe na aparência. A diferença entre a pessoa humilde e a metida é que a primeira finge melhor. Se existisse humildade o mundo estaria fodido! Ela só pode existir em casos em que o reconhecimento independe das ações da pessoa, como ser filho do presidente por exemplo. O que deveria incomodar não são as pessoas vaidosas, mas sim as que não se enxergam, achando que são muito mais do que realmente são; aquelas que menosprezam terceiros para se diferenciar; ou aquelas vaidosas em momentos inoportunos.O mundo precisa acabar com essa babaquice de “exigir” das pessoas uma humildade aparente. “Eu sou bom!” deveria ser encarado como atitude de sensatez, e não de arrogância.
Com tudo isso não nego a existência do altruísmo, só acho as coisas podem conviver paralelamente, cada qual em seu campo. É muita ingenuidade supor que um cientista estudou a vida inteira para ajudar o mundo, ou que um pianista treina 10 horas por dia para levar uma música de alto nível à sociedade.
Extraído de: http://phoris.blogspot.com.br/
Já está mais que superada a idéia de que o desejo de enriquecimento material (acumulação) é algo natural ao ser humano, discurso bastante utilizado por pessoas que usam o senso comum de forma arbitrária. Quanto a isso, a sociedade indígena está ai para nos provar o contrário. Só que uma coisa é ambição por riqueza, outra é ambição de maneira geral.
Quando se fala em ambição, logo remetemos a idéia à riqueza. No entanto, as pessoas se esquecem que reconhecimento ou prestígio são também riquezas, mas riquezas simbólicas. O sujeito pode se esforçar muito para conquistar algo que não lhe trará maior padrão de consumo, mas com certeza lhe concederá maior prestígio. Um artista que atua em um campo musical pouco rentável, não busca nessa ação um reconhecimento financeiro, mas um reconhecimento artístico, simbólico. Vale lembrar que prestígio e dinheiro são formas diferentes de satisfazer o ego, o primeiro através do prazer proporcionado pelo reconhecimento social por seu trabalho, o segundo pelo prazer do consumo, conforto, e ostentação (que não deixa de ser prestígio também). A ostentação (reconhecimento social de sua riqueza) e o prazer proporcionado pelo consumo, são satisfações diferentes que tem separação bastante fluida.
Um matemático, mesmo na antiguidade clássica, desenvolveu suas teorias e cálculos para ajudar o mundo (que lindo!)? Creio que não, acredito que o impulso que leva alguém a se dedicar a algo, no geral seja um impulso egoísta, que visa satisfazer o ego. Você pode questionar: “Mas a pessoa pode fazer algo por amor, como existem pessoas que amam a medicina!” Uma coisa não exclui a outra, o indivíduo pode amar a medicina, mas não passaria 6 anos na faculdade se a profissão não tivesse reconhecimento nem financeiro nem social. Nesse sentido, pode-se inferir que o ego é o motor que move o mundo. A ciência, as artes, tudo foi desenvolvido por conta do ego, da satisfação de ambições.
Então ser vaidoso é normal? Sim! Ninguém faz nada de graça, sem esperar retorno. O reconhecimento social que determinada pessoa possui, ela pode não expressar, mas tenha certeza, ela tem orgasmos ao perceber isso. Por isso que uma ótima forma de desenvolver determinado setor é oferecendo riqueza ou criando hierarquia social, para estimular os indivíduos a buscar as devidas recompensas se empenhando naquilo. Na academia a titulação de pós doutor é muito mais um mecanismo de diferenciação social do que resposta a uma necessidade que visa a qualificação do profissional.
Nesse sentido, para as pessoas que alcançaram algum tipo de reconhecimento, humildade é algo que só existe na aparência. A diferença entre a pessoa humilde e a metida é que a primeira finge melhor. Se existisse humildade o mundo estaria fodido! Ela só pode existir em casos em que o reconhecimento independe das ações da pessoa, como ser filho do presidente por exemplo. O que deveria incomodar não são as pessoas vaidosas, mas sim as que não se enxergam, achando que são muito mais do que realmente são; aquelas que menosprezam terceiros para se diferenciar; ou aquelas vaidosas em momentos inoportunos.O mundo precisa acabar com essa babaquice de “exigir” das pessoas uma humildade aparente. “Eu sou bom!” deveria ser encarado como atitude de sensatez, e não de arrogância.
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Extraído de: http://phoris.blogspot.com.br/
Rafael de Almeida Silva- Novato
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