Procurar
Últimos assuntos
Quem está conectado?
Há 14 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 14 visitantes Nenhum
[ Ver toda a lista ]
O recorde de usuários online foi de 304 em Sex Nov 22, 2024 8:20 pm
O Conto: O crítico e o sábio
Página 1 de 1
O Conto: O crítico e o sábio
Em uma terra muito muito distante, onde a população não tinha muitas diversões por motivo dos altos impostos determinados pelo rei, o trabalho nos campos era a única coisa que restava àquela gente, que acordava toda manhã. O dinheiro era pouco, mas dava para comprar alguns mantimentos.
E por incrível que pareça, existiam aqueles que tinham muita criatividade, conseguiam juntar um pouco de dinheiro e abriam um negócio próspero. Foi nesta época que apareceu um ser, que tiraria o sossego daqueles bem aventurados na vida comercial: o crítico. O critico era um ser que vivia em dificuldades financeiras, mas mesmo assim achava que os ricos eram os culpados da pobreza e a falta de sorte dos demais. Ele se achava o dono de toda a verdade e se orgulhava disso.
As criticas corriam mundo, criando uma imagem maléfica a todos que prosperavam financeiramente. Folhetos difamatórios rodavam por toda a cidade com as tais observações feitas pelo critico.
Um dia de primavera o crítico ficou sabendo da presença na aldeia de um tal contador de histórias chamado o mágico das palavras. Ele ficou sabendo também, que o tal homem estava enricando passando pelos campos contando suas histórias fantásticas. Diziam as más línguas, que o tal contador parava em um local, contava uma história e as pessoas agradecidas enchiam a caixinha de madeira dele com dobrões de ouro. Houve casos de oferecerem galinhas e cavalos para o mágico da palavras.
-Enganador, canastrão! - disse o crítico pronto para mergulhar a pena no nanquim e difamar quem estava tirando o dinheiro daquela gente trabalhadora idiota, que não sabia identificar um espertalhão quando via um. - Vou dar um jeito nisto.
Os folhetos correram por todas as partes da aldeia e logo em seguida um homem de barbas compridas e brancas aparentando uns oitenta anos bateu em sua porta.
-Bom dia! O que o senhor deseja? - disse o crítico assim que a porta foi aberta.
-Bom dia meu filho! Foi você quem escreveu isto? - disse o tal idoso mostrando um dos folhetos.
-Sim! Por que? O senhor tem alguma coisa contra?
-Eu poderia entrar, pois preciso descansar as minhas pernas. Fiz uma longa caminhada.
O crítico o fez entrar, mas se desculpou por não ter nada a oferecer ao idoso.
-Você tem água?
-Água eu tenho! Disse este indo buscar, em uma barrica velha, uma caneca de metal cheia d'água e passando ao velho que bebeu com vontade.
-Você escreve muito bem!
-Obrigado,mas o senhor foi o único que percebeu isso nestes anos todos.
O velho tornou a olhar o casebre escuro do crítico e percebeu, que faltava de tudo ali naquele local.
-Você gostaria de melhorar de vida honestamente?
-Ninguém melhora de vida honestamente.
-Eu posso provar a você que existe um jeito disso acontecer.
O crítico olhou para os lados e viu que não custava nada desafiar aquele velho louco.
-Então me mostre.
-Venha jantar comigo e eu lhe mostrarei. - disse ele, dizendo também onde morava.
O critico aceitou o convite, logo que, há muito não comia bem e ao mesmo tempo desmascararia o velho iludido.
-Seja bem vindo, meu amigo! - disse o velho assim que abriu a porta.
-Como prometido, estou aqui.
-Antes de jantarmos, vamos na casa de um amigo que convidei para cear conosco também.
-Sem problemas.
Eles não andaram muito até chegar em uma enorme casa cheia de crianças brincando alegremente no quintal. No outro lado desta mesma casa, haviam pessoas humildes alegres, que recebiam sacos de alimentos pesados. Algumas delas tinham que arranjar carroças ou carrinhos de madeira para o transporte.
-O que é isso?
-Isso é uma Casa de Proventos?
-Casa de Proventos?
-Isso! Aqui as pessoas necessitadas recebem alimentos para sobreviverem até poderem se auto sustentarem.
-Eu não conhecia.
-Você é uma pessoa muito ocupada, por isso que não conseguiu ver.... Lá está o nosso convidado... Então Lúcio, vamos jantar?
-Hoje não vai dar Malaquias, tenho que sair para trabalhar. E aí? O senhor conseguiu o que eu pedi?
-Sim, aqui está ele... Escreve que é uma maravilha.
-Que bom!... É de pessoas talentosas que estou precisando.
-Ele pode levar um saco de alimentos, pois está com problemas financeiros?
-Pode levar quantos quiser.
O critico pegou o pesado saco de alimentos e foi jantar na casa do velho. Depois de ter se alimentado como um rei, o critico não deixou passar a curiosidade que o consumia.
-Quero agradecê-lo pelo jantar, que estava delicioso... Pelo saco de alimentos e pelo emprego... Mas uma coisa me deixou em duvidas e eu queria fazer uma pergunta.
-Faça quantas quiser.
-Quem era aquele caridoso homem chamado Lúcio?
-O mágico das palavras.
Quase que o crítico teve um ataque fulminante no coração.
-Quer dizer que...
-Exatamente, o homem que você difama é o mesmo que alimenta aquele povo e dá o prazer as crianças.
-Mas como?
-O dinheiro que ele arrecadava era para ajudar os mais necessitados.
-E ele me contratou? Ele sabe quem sou eu?
-Claro! Foi ele mesmo que mandou buscá-lo.
-Não entendi!
-Ele gostou tanto do seu estilo de escrita e o modo ao qual você divulga o seu texto, que resolveu te contratar para redigir as histórias dele e vender cada folheto para ampliar a casa de proventos para outras aldeias.
Daquele dia em diante, o critico não deixou de ser critico, mas desta vez ele só fazia isso se realmente conhecesse a situação e a pessoa a qual iria fazer a critica. Ele nunca mais teve problemas financeiros, pois passou a fazer parte do hall do homens bem sucedidos honestamente.
E por incrível que pareça, existiam aqueles que tinham muita criatividade, conseguiam juntar um pouco de dinheiro e abriam um negócio próspero. Foi nesta época que apareceu um ser, que tiraria o sossego daqueles bem aventurados na vida comercial: o crítico. O critico era um ser que vivia em dificuldades financeiras, mas mesmo assim achava que os ricos eram os culpados da pobreza e a falta de sorte dos demais. Ele se achava o dono de toda a verdade e se orgulhava disso.
As criticas corriam mundo, criando uma imagem maléfica a todos que prosperavam financeiramente. Folhetos difamatórios rodavam por toda a cidade com as tais observações feitas pelo critico.
Um dia de primavera o crítico ficou sabendo da presença na aldeia de um tal contador de histórias chamado o mágico das palavras. Ele ficou sabendo também, que o tal homem estava enricando passando pelos campos contando suas histórias fantásticas. Diziam as más línguas, que o tal contador parava em um local, contava uma história e as pessoas agradecidas enchiam a caixinha de madeira dele com dobrões de ouro. Houve casos de oferecerem galinhas e cavalos para o mágico da palavras.
-Enganador, canastrão! - disse o crítico pronto para mergulhar a pena no nanquim e difamar quem estava tirando o dinheiro daquela gente trabalhadora idiota, que não sabia identificar um espertalhão quando via um. - Vou dar um jeito nisto.
Os folhetos correram por todas as partes da aldeia e logo em seguida um homem de barbas compridas e brancas aparentando uns oitenta anos bateu em sua porta.
-Bom dia! O que o senhor deseja? - disse o crítico assim que a porta foi aberta.
-Bom dia meu filho! Foi você quem escreveu isto? - disse o tal idoso mostrando um dos folhetos.
-Sim! Por que? O senhor tem alguma coisa contra?
-Eu poderia entrar, pois preciso descansar as minhas pernas. Fiz uma longa caminhada.
O crítico o fez entrar, mas se desculpou por não ter nada a oferecer ao idoso.
-Você tem água?
-Água eu tenho! Disse este indo buscar, em uma barrica velha, uma caneca de metal cheia d'água e passando ao velho que bebeu com vontade.
-Você escreve muito bem!
-Obrigado,mas o senhor foi o único que percebeu isso nestes anos todos.
O velho tornou a olhar o casebre escuro do crítico e percebeu, que faltava de tudo ali naquele local.
-Você gostaria de melhorar de vida honestamente?
-Ninguém melhora de vida honestamente.
-Eu posso provar a você que existe um jeito disso acontecer.
O crítico olhou para os lados e viu que não custava nada desafiar aquele velho louco.
-Então me mostre.
-Venha jantar comigo e eu lhe mostrarei. - disse ele, dizendo também onde morava.
O critico aceitou o convite, logo que, há muito não comia bem e ao mesmo tempo desmascararia o velho iludido.
-Seja bem vindo, meu amigo! - disse o velho assim que abriu a porta.
-Como prometido, estou aqui.
-Antes de jantarmos, vamos na casa de um amigo que convidei para cear conosco também.
-Sem problemas.
Eles não andaram muito até chegar em uma enorme casa cheia de crianças brincando alegremente no quintal. No outro lado desta mesma casa, haviam pessoas humildes alegres, que recebiam sacos de alimentos pesados. Algumas delas tinham que arranjar carroças ou carrinhos de madeira para o transporte.
-O que é isso?
-Isso é uma Casa de Proventos?
-Casa de Proventos?
-Isso! Aqui as pessoas necessitadas recebem alimentos para sobreviverem até poderem se auto sustentarem.
-Eu não conhecia.
-Você é uma pessoa muito ocupada, por isso que não conseguiu ver.... Lá está o nosso convidado... Então Lúcio, vamos jantar?
-Hoje não vai dar Malaquias, tenho que sair para trabalhar. E aí? O senhor conseguiu o que eu pedi?
-Sim, aqui está ele... Escreve que é uma maravilha.
-Que bom!... É de pessoas talentosas que estou precisando.
-Ele pode levar um saco de alimentos, pois está com problemas financeiros?
-Pode levar quantos quiser.
O critico pegou o pesado saco de alimentos e foi jantar na casa do velho. Depois de ter se alimentado como um rei, o critico não deixou passar a curiosidade que o consumia.
-Quero agradecê-lo pelo jantar, que estava delicioso... Pelo saco de alimentos e pelo emprego... Mas uma coisa me deixou em duvidas e eu queria fazer uma pergunta.
-Faça quantas quiser.
-Quem era aquele caridoso homem chamado Lúcio?
-O mágico das palavras.
Quase que o crítico teve um ataque fulminante no coração.
-Quer dizer que...
-Exatamente, o homem que você difama é o mesmo que alimenta aquele povo e dá o prazer as crianças.
-Mas como?
-O dinheiro que ele arrecadava era para ajudar os mais necessitados.
-E ele me contratou? Ele sabe quem sou eu?
-Claro! Foi ele mesmo que mandou buscá-lo.
-Não entendi!
-Ele gostou tanto do seu estilo de escrita e o modo ao qual você divulga o seu texto, que resolveu te contratar para redigir as histórias dele e vender cada folheto para ampliar a casa de proventos para outras aldeias.
Daquele dia em diante, o critico não deixou de ser critico, mas desta vez ele só fazia isso se realmente conhecesse a situação e a pessoa a qual iria fazer a critica. Ele nunca mais teve problemas financeiros, pois passou a fazer parte do hall do homens bem sucedidos honestamente.
Tópicos semelhantes
» Conto: "O autor"
» Conto, crônica, sei lá o que... Não é o que parece
» [CONTO] A Vingança
» Um Tal de Computador - Conto
» O Ancião - Conto
» Conto, crônica, sei lá o que... Não é o que parece
» [CONTO] A Vingança
» Um Tal de Computador - Conto
» O Ancião - Conto
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
Seg Fev 25, 2019 4:58 pm por joyfelixx
» Quem leu A Cabana de William P. Young??
Dom Abr 26, 2015 1:01 pm por Everton Marques Ribas
» Dicas de Leitura para mim
Qui Nov 06, 2014 3:53 pm por amelieS
» Erica Cardoso
Qui Jul 31, 2014 9:44 pm por Erica Cardoso
» MEU LIVRO DE AEROMODELISMO
Seg Jul 21, 2014 8:56 pm por yoda
» [AD]Ma3x MU Online Season 7,Experience 10&15x NO RESET!
Dom maio 18, 2014 4:32 pm por jacklin
» AMIGOS TOTALMENTE DIFERENTES (blog)
Sáb Fev 15, 2014 10:11 pm por jorge2009sts
» BENÇÃO OU MALDIÇÃO: FESTA DE DEBUTANTE (cap. final)
Sex Fev 07, 2014 11:18 pm por jorge2009sts
» BENÇÃO OU MALDIÇÃO: FESTA DE DEBUTANTE (cap. 5)
Sex Fev 07, 2014 10:31 pm por jorge2009sts
» BENÇÃO OU MALDIÇÃO: FESTA DE DEBUTANTE (cap. 4)
Sex Fev 07, 2014 10:30 pm por jorge2009sts